sexta-feira, outubro 15, 2010

Coisas da Vista

Está um senhor que não vê na televisão a dizer que a sua cor preferida é o cor-de-rosa. Não sei o que pensar desta afirmação, se ficar espantado com a ideia de que ter cores preferidas, afinal, não é exclusivo de quem pode identificar cores, se ficar espantado com a escolha. Mas, por falar em ver, que se passa com as pessoas que não tiram os óculos escuros quando entram em espaços em que o sol não lhes bate nos olhos? Sempre que vejo alguém com óculos escuros no metro, fico sempre na dúvida se se trata de um idiota ou se é só um mineiro chileno.

domingo, julho 26, 2009

Projecto

Nos últimos dias, vendo obras a cada dois centímetros quadrados da cidade, tenho vindo a elaborar uma ideia que me parece claramente vencedora: montar uma empresa. De quê? De construção. Mas não era uma empresa de construção qualquer, como tantas outras. Era uma empresa de construção que só funcionava em anos de eleições. Assim, trabalhava-se um anito em que não há como o negócio não prosperar e estava-se de férias os outros três anos...

segunda-feira, julho 20, 2009

Antigamente era assim...

Parece que Yannick Djaló pediu a mão de Luciana Abreu à mãe da rapariga. É bonito cortejar como antigamente, seguir preceitos sociais tradicionais e tal. O facto de ele ter um cabelo que não lembra a ninguém e de ela ter plástico em vez de mamas não interessa nada. O que interessa é fazer as coisas como elas se faziam antes, que isso é que é bonito. Segundo consta, quem não terá ficado muito satisfeito foi Mickael Carreira. É bem provável, portanto, que o filho do reputado cantor popular venha a desafiar o avançado do Sporting para um duelo com pistolas ao meio-dia.

sábado, abril 25, 2009

25 de Abril

Um quarto de século e mais dez anos depois, saí à rua. Para mim, era Sábado. Estranhamente, não se via vivalma. Nem mortalma, por sinal. Pensei: "Queres ver que o Casimiro dos Plásticos morreu e foi tudo ao funeral?" Mais à frente, caí em mim. Esquecera o boletim do Euromilhões nas outras calças? Não. Aliás, vestia saiote. O que me veio à memória foi que hoje não era só Sábado; era 25 de Abril. Começou a fazer sentido o facto de não haver ninguém nas ruas. Imaginei, portanto, que andava tudo em manifestações pela liberdade, ou em comícios do PC, ou simplesmente em casa a não fazer nenhum, possibilidade que foi a grande consequência daquela festa de cravos que todos os anos lembramos. Duas horas mais tarde, descobri que não. Afinal, as pessoas estavam todas era enfiadas no Pingo Doce. Havia filas até ao car****. Até à parte dos congelados, mais ou menos. O que faz sentido - diga-se. Comemorar a democracia a gastar dinheiro é sempre uma boa ideia. O Cunhal, por exemplo, ficaria felicíssimo, se estivesse a ver isto. Para terminar o dia, só faltava mesmo uma demonstração de autoridade arbitrária. Aconteceu uns minutos depois. O polícia que conduzia um carro-patrulha esqueceu-se que é um condutor igual aos outros e, segundo o código da estrada, tem de parar nas passadeiras quando há peões a querer passar. Não parou. Mas fez-me adeus. Já não é mau.

P.S. Por que é que a planta associada ao 25 de Abril é o cravo e não o salgueiro?

segunda-feira, março 23, 2009

Não á vergonha!

No edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa, está "grafitado" a vermelho o sábio conselho que se segue: "Não te rendas á educação gerida pelo capital." Poderia pôr-me aqui a fazer piadas com o problema que a malta de esquerda tem com os acentos, mas creio que a mensagem encerra uma preocupação mais profunda. Na verdade, o capitalismo tem um peso tal na educação que até os acentos graves já pendem para a direita.

domingo, março 08, 2009

Troca de SMS

Troca de SMS's entre dois forretas:

Forreta nº1: Kolmi...
Forreta nº2: Kolmi...

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Caso Freeport

No já muito badalado caso Freeport, ficámos hoje a saber, através do testemunho de Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, que ele, o tio, trata o sobrinho por "Zézito". Estou em crer que estas são acusações gravíssimas e um caso claro de deletério. Com esta estrondosa revelação, adivinham-se consequências drásticas.